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Aproveitando a trilha sonora deprimente, encontrei inspiração pra escrever coisas doces.
Eu poderia escrever sobre o valor da amizade, poderia escrever em 300 páginas o quanto amo meu namorado, poderia falar de problemas, poderia falar da vida alheia, poderia falar sobre o aquecimento global, mas não quero. Quero falar sobre mim, sobre o quanto eu sou estranha e diferente... E vacilona.
Mas então? Drama não.
Gosto de Literatura, de poemas sem sentido e que rimem com som agradável.
Às vezes, quando estamos conhecendo alguém, perguntam: "Um defeito?"
"Aaaaaaaaaah, são tantos..."
"Só quero saber um"
"............"
É díficil (pra mim, pelo menos, é) expor defeitos. Pretendo não escrever um texto em que o Imperativo seja evidente.
Mas sabe, o tempo todo, tento escolher qual dos meus defeitos é o pior. Ser hipócrita, talvez.
Mas, agora, neste exato momento, às 9:46 do dia 19/04/12, acho que meu pior defeito é mentir.
Mentir pra mim mesma.
Conversar sozinha, dizendo "eu gosto disso, eu gosto disso, eu gosto disso." MAS EU NÃO GOSTO. De tanto falar que gosto, eu passei a acreditar na mentira que inventei.
Contraditório, não? É.
Talvez eu tenha deixado de acreditar em mim, deixado de tentar, porque sei que não vou conseguir.
São momentinhos de inspiração em que se fala besteira. Momentos em que eu pretendo fazer um texto bonito, que agrade a quem vai lê-lo. "Você está fazendo isso errado." EU SEI, DROGA. Mas quero errar. Quero levar na cara e aprender depois. É isso?