Câmera Lenta
O vídeo vai voltando em câmera lenta. De costas, ele atravessa o corredor. Os estilhaços do chão então flutuam, até formarem a janela novamente. O sangue em suas mãos some e fecham-se as feridas. Devagar a porta se abre. Ele está do lado de fora, vendo a enorme casa. E não sabe de nada.
A guitarra cruza o som do piano por um instante. Não há calma. A música vai cercando o silêncio. Por todos os lados uma lembrança. De cada um que lhe amou quando ele se esqueceu disso. A guitarra interrompe, há harmonia, e haveria de qualquer forma, ele sabe. É hora de se guardar como uma nuvem escura antes da tempestade.
Uma escadaria imensa. De cimento velho e áspero. Cada degrau sendo um passo a mais longe do chão. Longe de onde todos procuram estar. "É tão mais bonito lá de cima!". O tempo se fecha. Eu vejo uma atriz, linda e livre. Ela me diz num papel impresso antes de eu nascer:
- Nada pode mais me ferir.
Em câmera lenta, ela tem razão.
A guitarra cruza o som do piano por um instante. Não há calma. A música vai cercando o silêncio. Por todos os lados uma lembrança. De cada um que lhe amou quando ele se esqueceu disso. A guitarra interrompe, há harmonia, e haveria de qualquer forma, ele sabe. É hora de se guardar como uma nuvem escura antes da tempestade.
Uma escadaria imensa. De cimento velho e áspero. Cada degrau sendo um passo a mais longe do chão. Longe de onde todos procuram estar. "É tão mais bonito lá de cima!". O tempo se fecha. Eu vejo uma atriz, linda e livre. Ela me diz num papel impresso antes de eu nascer:
- Nada pode mais me ferir.
Em câmera lenta, ela tem razão.
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